Enquanto os comentadores políticos residentes se vão espraiando em opiniões mais ou menos sustentadas sobre a fiscalização sucessiva do OE 2013, as taxas de juro da dívida pública,com títulos a vencer em 10 anos,desceu a famosa barreira dos 7%.
Se bem se recordam, Teixeira dos Santos, uns meses antes de anunciar o pedido de resgate, afirmava que, caso Portugal ultrapassasse este número quase cabalístico, seria obrigado a pedir ajuda externa, como o veio a fazer.
Entretanto, Portugal ganhou um novo Governo e um Ministro das Finanças que, apesar de ser nacionalmente vilipendiado, é reconhecido no exterior como um factor de garantia dum regresso de Portugal à estabilidade financeira. E Portugal iniciou o ano com estas boas notícias, sendo tão mais relevante esta descida brutal das taxas de juros pelo facto de sabermos que há um ano ultrapassavam a estratosférica percentagem de 17%.
Mas há outro sinal na fixação das taxas de juro em 6,97%. É que aquilo que estava previsto ocorrer lá para Setembro deste ano - regresso de Portugal aos mercados de financiamento - pode ocorrer a qualquer momento.
Perante este cenário, cada vez mais creio nas palavras do Primeiro-Ministro que, desde sempre, afirmou que, não obstante terem sido aplicados sacrifícios que quase nos vergam, esses mesmos valerão a pena em nome dum rápido levantar da cabeça deste Portugal!