Um mês após o ultimo texto, eis o regresso numa reentré que se adivinha difícil e, necessariamente, de resistência.
O Governo segue o caminho traçado num programa eleitoral que não previa milagres nem facilidades. Onde Sócrates mascarava, Passos Coelho mostra a dura verdade e a crua realidade dum Portugal devassado na sua dignidade e credibilidade.
Dois meses volvidos, são visíveis os primeiros sinais de contestação às medidas não só necessárias, como imperativas, para que Portugal possa restabelecer uma normalidade que andou disfarçada nos últimos 30 anos. Sejamos claros, uma indisfarcavel dependência do Estado, dito social, conduziu-nos ao actual estado de coisas. Não somos produtivos ou auto-suficientes na maioria dos sectores, portanto, o colapso do sistema era apenas uma questão de anos.
No fundo, terei que ser solidário com um Governo que não engana os portugueses porque também não lhes prometeu uma vida sem sacrifícios nos próximos anos. No entanto, estou também ciente que irão existir convulsões sociais. Nós, os portugueses, sempre preferimos o queixume à procura das soluções conjuntas. E os próximos tempos serão esse espelho: os outros que paguem a crise porque o que eu quero é vidinha boa e, se possível, com umas ajudinhas do omnipresente Estado.
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