A imagem é de Strauss-Kahn, o socialista francês que liderava o FMI até há 2 dias, momento em que caiu em desgraça. Mas neste espaço caberiam muitas outras personagens, entre elas alguns políticos portugueses que nos últimos anos cairam igualmente em desgraça por crimes alegadamente praticados.
Esta foto, este rosto, é o exemplo do princípio da promiscuidade e da ideia de impunidade que políticos, gestores públicos e líderes de organismos internacionais têm cultivado ao longo dos anos. Diz-se que o poder corrompe e, cada vez mais, esta premissa se generaliza entre aqueles que hoje estão completamente desacreditados na política e nos políticos. E esta é a voz popular que mais se ouve na rua quando tentamos esclarecer os eleitores de que há quem deseje fazer diferente.
Além de sermos um país à beira da ruína, somos igualmente uma nação de governantes sem crédito público. E tudo isto porque durante anos multiplicaram-se os casos de justiça, os casos de promiscuidade entre o Estado e o sector privado. Há numa certa classe política a ideia de que o Estado não pertence ao Povo mas a uma classe de privilegiados que usam e abusam das suas funções em proveito próprio e dos seus.
É por isso que, além de haver a necessidade de nos erguermos enquanto Nação, iremos necessariamente ter também que nos levantar da lama onde nadamos.
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