Portugal assistiu ontem a mais uma manobra de cinismo político que, com certeza, fará história nos compêndios de marketing eleitoral..
A troika do FMI tinha acabado de comunicar a Sócrates e ao seu Governo as medidas de austeridade que Portugal terá que tomar nos próximos anos para ultrapassar esta crise económica que sufoca o País. Do 1º Ministro o que se esperava era que comunicasse aos portugueses quais os sacrifícios que iremos ter que fazer para que possamos sobreviver à bancarrota. E foi isso que aconteceu?
Naturalmente que não, pois não estamos perante um 1º Ministro com sentido de responsabilidade e verdadeira preocupação com o país, mas temos pela frente um político que não olha a meios para atingir os seus fins - a reeleição.
Ouvi atentamente o 1º Ministro e esperava, sinceramente, que descesse à Terra das dificuldades que todos sentimos na pele. Ao invés, ouvimos José Sócrates a elencar tudo o que não irá acontecer em Portugal - descida das pensões mais baixas, privatização da CGD, cortes no 13º e 14º meses salariais dos portugueses.
Mas fiquei alarmado, pois, não ouvi da boca do 1º Ministro uma única medida de contenção que tenha que ser aplicada, tendo ficado a ideia que tudo está bem como está e nada é necessário fazer para nos tirar do charco onde o Governo Socialista nos colocou.
E agora pergunto. O que estava lá a fazer o Ministro das Finanças com o ar mais preocupado do Mundo? Sem querer ser vidente, pareceu-me que Teixeira dos Santos teria muito para falar, só que o "chefe" precisa de ser reeleito e não convém maçar os portugueses com más notícias.
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