terça-feira, 17 de maio de 2011

L` État c`est moi!


A imagem é de Strauss-Kahn, o socialista francês que liderava o FMI até há 2 dias, momento em que caiu em desgraça. Mas neste espaço caberiam muitas outras personagens, entre elas alguns políticos portugueses que nos últimos anos cairam igualmente em desgraça por crimes alegadamente praticados.

Esta foto, este rosto, é o exemplo do princípio da promiscuidade e da ideia de impunidade que políticos, gestores públicos e líderes de organismos internacionais têm cultivado ao longo dos anos. Diz-se que o poder corrompe e, cada vez mais, esta premissa se generaliza entre aqueles que hoje estão completamente desacreditados na política e nos políticos. E esta é a voz popular que mais se ouve na rua quando tentamos esclarecer os eleitores de que há quem deseje fazer diferente.

Além de sermos um país à beira da ruína, somos igualmente uma nação de governantes sem crédito público. E tudo isto porque durante anos multiplicaram-se os casos de justiça, os casos de promiscuidade entre o Estado e o sector privado. Há numa certa classe política a ideia de que o Estado não pertence ao Povo mas a uma classe de privilegiados que usam e abusam das suas funções em proveito próprio e dos seus.

É por isso que, além de haver a necessidade de nos erguermos enquanto Nação, iremos necessariamente ter também que nos levantar da lama onde nadamos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que queremos para o Parque da Cidade?


Na última sessão de Câmara foquei dois assuntos relacionados com o Parque da Cidade da Mealhada: um relativo à segurança e regras de utilização do equipamento, e outro relacionado com a recente reparação/substituição do piso da ciclovia.

Sobre a segurança, já há tempos tinha alertado para a necessidade de regulamentar a utilização do Parque a fim de evitar abusos e má utilização do equipamento. Lamentavelmente, este meu apelo não foi tido em conta e o assunto foi desvalorizado. No entanto, julgo que a Câmara ainda irá arrepiar caminho nesta matéria uma vez que um triste acidente ocorrido no Parque veio demonstrar que, caso haja regulamentação, haverá menos riscos de ocorrerem abusos na utilização dos equipamentos e, consequentemente, evitarmos acidentes como o que ocorreu.

Ainda sobre o piso da ciclovia, não pude deixar de recordar tudo o que se afirmou há cerca de 2 anos sobre aquela obra. Lembro-me perfeitamente que o Vereador responsável pelo pelouro das obras Municipais, quando confrontado com a alteração do caderno de encargos pelo empreiteiro, veio defendê-lo assumindo que a opção escolhida, ainda que contrária à prevista no projecto, era a mais correcta, a mais barata e a de maior durabilidade. Menos de 2 anos após a abertura do Parque constatamos que não era bem assim: pode ser uma opção mais barata, não será certamente NEM A MELHOR, NEM A DE MAIOR DURAÇÃO.

Reconheço que o PARQUE DA CIDADE é uma obra emblemática para o Município da Mealhada e para todos quantos têm o prazer de o utilizar. Sou um dos maiores defensores da sua qualidade e excelência. E é por essa mesma razão que lhe desejo longa vida dentro da excelência que o mesmo deve ter.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Logro


Portugal assistiu ontem a mais uma manobra de cinismo político que, com certeza, fará história nos compêndios de marketing eleitoral..
A troika do FMI tinha acabado de comunicar a Sócrates e ao seu Governo as medidas de austeridade que Portugal terá que tomar nos próximos anos para ultrapassar esta crise económica que sufoca o País. Do 1º Ministro o que se esperava era que comunicasse aos portugueses quais os sacrifícios que iremos ter que fazer para que possamos sobreviver à bancarrota. E foi isso que aconteceu?
Naturalmente que não, pois não estamos perante um 1º Ministro com sentido de responsabilidade e verdadeira preocupação com o país, mas temos pela frente um político que não olha a meios para atingir os seus fins - a reeleição.

Ouvi atentamente o 1º Ministro e esperava, sinceramente, que descesse à Terra das dificuldades que todos sentimos na pele. Ao invés, ouvimos José Sócrates a elencar tudo o que não irá acontecer em Portugal - descida das pensões mais baixas, privatização da CGD, cortes no 13º e 14º meses salariais dos portugueses.
Mas fiquei alarmado, pois, não ouvi da boca do 1º Ministro uma única medida de contenção que tenha que ser aplicada, tendo ficado a ideia que tudo está bem como está e nada é necessário fazer para nos tirar do charco onde o Governo Socialista nos colocou.

E agora pergunto. O que estava lá a fazer o Ministro das Finanças com o ar mais preocupado do Mundo? Sem querer ser vidente, pareceu-me que Teixeira dos Santos teria muito para falar, só que o "chefe" precisa de ser reeleito e não convém maçar os portugueses com más notícias.