sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O regresso.


 
Desde Setembro que não dava atenção a este espaço que criei para expor algumas ideias e pensamentos sobre os variadíssimos assuntos que me ocupam a mente.
E decidi regressar porque, pessoalmente,  vou entrar no fim dum ciclo político que se iniciou com as eleições autárquicas de 2009.
Decidi, em conjunto com a família, que  vou fazer uma pausa na minha actividade política activa que, sem interrupções, se iniciou em 1997. E, tendo nestes quase 16 anos estado ao serviço do meu concelho como membro da Assembleia Municipal, Presidente de Assembleia de Freguesia e Vereador, julgo que esta será a altura certa para passar a ter uma visão mais distanciada da política local, participando nela como mero observador.
 
No entanto, e ainda como actor político no concelho da Mealhada, julgo que ainda tenho alguns deveres. Entre eles o da pedagogia e esclarecimento de alguns assuntos que, às vezes, por falta de estudo das matérias, acabam por ser deficientemente expostos nos palcos da política.
Uma das matérias que parece ser quase pedra de toque das discussões orçamentais locais reside no facto da Câmara da Mealhada apresentar saldos de gerência muito positivos, o que equivale a dizer que o Município termina o ano civil com uns bons milhões de euros "a render". Numa análise "en passant" podia concluir-se que a acção do executivo é paupérrima, guardando debaixo do travesseiro os milhões que podiam e deviam ser usados para o benefício das populações. Ora, quem anda minimamente atento, saberá também que as candidaturas a fundos comunitários para certa e determinada obra obrigam os municípios a ter dotação global para essa obra à data da candidatura, valores que serão libertados aquando da aprovação da candidatura e, em sede de revisão orçamental, integrados noutras rubricas.
Agora, se pensarmos que a Mealhada tem previsto para 2013 a Requalificação da Baixa da Mealhada, Requalificação da Zona Central do Luso, Requalificação da Baixa da Pampilhosa, construção do centro Escolar da Mealhada, do centro de Negócios e da Loja das 4 Maravilhas, aquisição dos Terrenos da Soprem para a futura Plataforma Rodo-Ferroviária da Pampilhosa, basta fazer as contas para saber porque estão cabimentados cerca de 8 milhões de euros que não serão utilizados em 2012.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Momento "RUI SANTOS da política".

 
 
 
 
Terminada a conferência de imprensa que tanto pânico causou, eis que o Ministro Vitor Gaspar me veio acalmar e, se houvesse seriedade na política, calar a esquerda trauliteira:
1 - À partida, o Ministro enunciou logo uma série de medidas que AUMENTAM inequivocamente a RECEITA à custa dos mais favorecidos - sobretaxação dos rendimentos de capital, taxa de solidarie...
dade social aplicada aos rendimentos mais elevados, sobretaxação dos bens de luxo (carros de alta cilindrada, barcos, aviões) e sobretaxação dos imóveis de elevado valor - e, diminuem a despesa à custa das chamadas gorduras do Estado - extinção e fusão de fundações e institutos públicos já a partir do Conselho de Ministros de 5ª feira, e continuação da renegociação das PPPs, que já levaram a uma diminuição da despesa em MIL MILHÕES DE EUROS.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CGTP – a manifestar-se desde 1970




Na passada semana pudemos assistir, na Covilhã, a um episódio que raiou a violência física contra o Ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.
Diriam os distraídos, e também o Ministro, que a manifestação de desagrado havia sido algo espontâneo, fruto destes tempos difíceis de austeridade, desemprego, aumento da precaridade e da carência social. Alías, o próprio Ministro da Economia, na sua boa fé, até foi mais longe, através da manifestação, duma caridade quase cristã, de compreensão das manifestações e até dos insultos, afirmação na qual não me revejo.
Mas, a frio, constatámos que a liderança da manifestação violenta não partiu dos injustiçados desempregados ou trabalhadores precários. A esses atribuo, pelas dificuldades sentidas, toda a legitimidade para a indignação e manifestação contra a austeridade que nos toca a todos, que não desejámos, que não apoiamos, mas para a qual não temos alternativas. A violência contra o Ministro teve origem, sim, nos profissionais da greve, nos especialistas da “luta contra o capitalismo”, nos paladinos dos direitos dos trabalhadores. Ou seja, nos “assalariados da CGTP” que há muitos, muitos anos desconhecem o valor do trabalho e das reais dificuldades de quem, na verdade, produz. Já sei que estas palavras irão criar ira nalguns “camaradas”, mas o choque que tive ao ver um dirigente sindical que desde 1979 nada mais faz do que manifestar-se e exigir a lua dos Governos, do patronato e do “diabo a sete”, não pode colher o meu apoio. Lamento, mas não tem a minha solidariedade na indignação daqueles que muito justamente lutam pelo seu posto de trabalho e pelo seu salário, o que não foi o caso daquele dirigente sindical.
Mas vou ainda um pouco mais longe. Olhemos para o que nos diz a História do pós-25 de Abril e coloquemos na balança os contributos de vária ordem que a CGTP deu aos trabalhadores e ao tecido produtivo português.
1 – A CGTP contribuiu, e muito bem, para a criação do salário mínimo nacional.
2 – A CGTP, em conluio com o Conselho da Revolução, contribuiu e instigou a nacionalização da banca, dos seguros e a dita Reforma Agrária que, poucos anos depois, levou à ruína da agricultura portuguesa.
3 – Por último, que eu saiba, a CGTP não ajudou a criar um posto de trabalho desde a sua fundação.
Sendo assim, com que legitimidade é que a CGTP instiga greves na CP e na TAP sabendo que estão a depauperar ainda mais empresas com dificuldades? Porque razão não mostram mais razoabilidade nas suas exigências ao Governo e às entidades patronais?

Por uma razão simples mas atroz. A Intersindical aumenta a sua força na fraqueza, tem mais influência na queda das empresas do que na sua solidez. E hoje temos a constatação quase científica desta afirmação. É nestes momentos de crise, de austeridade e dificuldade que a CGTP mostra a sua força, não pretendendo contribuir de forma racional, preferindo ser um factor que leva à destruição total. Lamentável.

*artigo a publicar na edição desta semana do JORNAL DA MEALHADA, que regressa ao formato papel.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O SÍNDROME “MANUEL JOSÉ”


Portugal vive hoje aquilo que resolvi chamar o síndrome “Manuel José”, em homenagem a este tão particular, como caricato, treinador português.
De tempos a tempos, este excelso treinador resolve vir dar umas entrevistas carregadas de fel contra o futebol português e, em particular, contra a selecção portuguesa e o seleccionador da altura. Manuel José, que é um rapaz pouco cordato, lá vai desfiando as suas críticas às técnicas e tácticas, à preparação do estágio, às reportagens feitas com os jogadores, enfim, a tudo o que mexe dentro da selecção. Mas, no fundo, Manuel José cospe todo este rol de argumentos críticos, não com o intuíto construtivo, mas pela razão mais típica do português, invejoso e mesquinho, que gostava de estar no lugar que outros ocupam.
E esta é a doença nacional que nos afecta e nos impede de centrarmos as nossa atenções e energias naquilo que verdadeiramente importa e devia ser desígnio nacional – sobreviver a esta crise, aprender com ela e com os erros do passado para nos tornarmos uma nação mais forte e competitiva. Ah, e, claro, apoiar a Selecção Nacional.

Nos últimos dias, então, o síndrome “Manuel José”  tem contaminado não só os portugueses em geral, mas os políticos em particular. E o expoente máximo desse síndrome até está dentro do meu partido e chama-se Pacheco Pereira. O político/comentador/historiador, e ressalvo aqui o profundo respeito intelectual que nutro por ele, lembra-me um pouco o treinador Manuel José, com a desvantagem de, ao contrário daquele, nunca ter somado qualquer “título” na sua já longa carreira de “treinador”. Pacheco Pereira, à semelhança do que já ouvi de alguns “treinadores de bancada” da oposição, pede um abrandamento das medidas de combate à crise, pede flexibilidade e crítica o que chama “mentalidade empresarial” do Governo. Ora, Pacheco Pereira pode até ser argumentativo e sustentado, mas alheia-se da realidade do País, ao contrário daquilo que acusa o Governo de fazer. Portugal não tem, certamente, duas coisas: nem tempo, nem dinheiro. E quem não tem dinheiro, também não faz cantar um cego.

Mas Portugal tem uma coisa que o comentador devia  enfatizar. Portugal tem quatro avaliações positivas e consecutivas da “Troika”, que se traduzem numa reaquisição de confiança internacional e num aumento muito, mas muito substancial das exportações. Há, no entanto, problemas graves. E o desemprego, sobretudo o desemprego jovem, é o flagelo nacional e que urge ser combatido no imediato.

E se o síndrome “Manuel José” afectou uma certa classe política, então, afectou os portugueses duma forma quase viral. E a inveja e a mesquinhez nota-se onde? No carros! Nos carros potentes e brilhantes que os jogadores “ousam” exibir nos estágios da selecção. Porque é um ultraje o Cristiano Ronaldo, deus ex machina de todos os portugueses, aparecer num Lamborghini XPTO, quando os portugueses apenas vivem remediados. E como a vingança se serve a quente, rejubilaram e deram vivas quando ontem foi anunciado que os “homens do fraque” dos serviços de Finanças passariam a andar de mão dada com a polícia para inspeccionar os proprietários de todos os carros potentes e reluzentes que circulam por essas estradas.

Tenham paciência, mas para esse peditório eu não dou. Porque no fundo o que move os políticos e os portugueses ressabiados é apenas o sentimento grotesco da inveja e da mesquinhez. Porque, no fundo, o que os políticos desejavam era ser o “mister”, o “seleccionador nacional”  e, a larga maioria dos portugueses desejava ser rico, famoso e ter um jeitinho para a bola como o Cristiano Ronaldo.

Vá lá! Foquemo-nos no que importa e apoiemos a Selecção Nacional, a verdadeira e a em sentido figurado.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Hollande, são os mercados, pá!

A eleição presidencial francesa que culminou com a eleição de François Hollande parece ter devolvido a esperança aos "revolucionários" europeus, extasiados com a campanha e com o discurso de ontem do recém eleito Presidente.
A esperança, que acalentou os franceses e a esquerda europeia em geral, funda-se num discurso centrado no emprego (com que custos?), no progresso (conceito vago), no maior acesso dos cidadãos aos serviços públicos (repita-se, com que custos?), no fim da austeridade (e como?) e no confronto com a Alemanha (populismo demagógico).
No entanto, tenho em mim que, cedo Hollande despertará para dura realidade da economia europeia sustentada no rigor orçamental. E, por muito que custe aos europeus, a democracia europeia tem uma organização da qual não se pode fugir, a menos que se decida abandonar a Europa. Coisa que a França não desejará, por certo.
De tempos a tempos, as democracias europeias têm mudado os seus dirigentes políticos. E a cada um deles será permitido um desviozinho aqui e uma nuance mais pessoal acolá. No entanto, há uma linha mestra que conduz os destinos da Europa da qual nenhum país pode afastar-se.O rigor das contas públicas é o novo catecismo europeu. O dogma que, não obstante poder ser questionado, jamais levará a uma qualquer cisão doutrinal. A menos que nos permitamos deixar crescer, como perigosamente vemos ocorrer, os partidos extremistas de esquerda e direita.
Hollande, apesar de ser de esquerda, sempre teve um percurso político de conservadorismo. E, apesar de defender o regresso da França ao Estado Social pós-guerra, sabe que os seus passos terão que ser seguros porque, desde ontem, os olhos dos mercados viraram-se para a França. E o primeiro teste reactivo às suas demagógicas palavras será no dia em que a França tiver que ir aos mercados financiar-se.
Confio que tivemos um Hollande pré-eleições - aquele que teve a louca ideia de taxar os ricos a 75% - e o Hollande pós-eleições - o tecnocrata que, à semelhança de Monti, sabe que o crescimento económico e os planos de combate ao défice estão em encontrar o caminho para eliminar a estagnação. E essa só se consegue através da reformas estruturais que, na sua essência, irão aumentar as taxas de desemprego.
Hollande irá concluir muito brevemente que, por muito que erga a voz contra a hegemonia da Alemanha, é ela quem dita as regras actualmente. E, se numa primeira fase, o Governo alemão deixará que Hollande salve a sua face, depressa lhe dirão que o Pacto Orçamental Europeu é um pacta sum servanta, ou seja, é para ser cumprido seja qual for o Governo eleito. Aceitará as reformas que conduzam ao crescimento económico imediato, agora, negociação de pactos NEIN!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Ousar sonhar...


"Os sonhos não determinam o lugar onde vamos chegar, mas produzem a força necessária para nos tirar do lugar onde estamos." - Augusto Cury

Se há caracteristica inata ao ser português é a eterna capacidade de sonhar. Contudo, na maioria das vezes, quedamo-nos pela vontade, nunca chegando a concretizar.
Faltar-nos-á, talvez, essa capacidade de ousar, ir mais além, de ver os sonhos ganharem forma.
Ser empreendedor será isso mesmo: sonhar e fazer.
Foi isso que alcançou a empreendedora CARLA MATOS, uma mealhadense que um dia teve a ousadia de sair da sua zona de conforto para ir atrás duma ilusão que quis tornar palpável. O êxito foi pleno. E hoje, quando vê a materialização do seu sonho exposto nos mais relevantes museus e espaços de arte mundiais, não ignorará certamente as decepções que terá colhido no percurso, os desaires que terá sofrido. Tudo fará parte dum percurso. As quedas são apenas um contratempo e nunca um fim.

A "MateriaLab" é, hoje, o rosto de um sonho que ganhou asas. Um sonho que não terminou ali porque, na forja estarão projectos de índole social a que a Mealhada deve aderir, contribuindo para que outros sonhos se multipliquem e concretizem.

Parabéns, Carla.

quinta-feira, 29 de março de 2012

NOVAS CAUSAS, NOVOS CAMINHOS


O Congresso do PSD que decorreu em Lisboa no passado fim de semana, para além de se ter afirmado como um fórum de debate de causas e ideologias, trouxe também, para aqueles que estiveram mais atentos, um prenúncio duma nova fase política e, igualmente, governativa.

Até à data, e porque as circunstâncias assim o exigiam, à coordenação política do partido coube gerir um ciclo de políticas de austeridade e de equilíbrio financeiro da economia portuguesa. No entanto, coube também a gestão com pinças das possíveis reacções da sociedade civil mas, principalmente, de amparar as tentativas de golpe dos co-responsáveis pelas políticas que nos últimos 6 anos conduziram Portugal a uma pré-bancarrota.

E a verdade é que a gestão política deu frutos. Os portugueses, dum modo geral, reconheceram que este Governo não tinha outro recurso que não fosse aplicar as medidas draconianas de austeridade que implementou. Os portugueses sabem que não há alternativa, não haverá esperança dum futuro melhor se hoje não fizermos enormes sacrifícios  e se não exigirmos a todos, repito, a todos que contribuam para que este mau momento da economia portuguesa seja efémero.

As políticas do Governo têm sido elogiadas por essa Europa fora. As medidas tomadas têm sido aplaudidas pelos principais agentes políticos europeus e o esforço colectivo de todos os portugueses está a valer a pena. A descida acentuada das taxas de juro da dívida colocada no mercado é disso o espelho. Todos os olhos estavam, e ainda estão, sobre nós. E a mínima hesitação, a mínima cedência à demagogia da oposição seria um toque de finados do país e as comparações com a Grécia e com cenários catastrofistas seriam inevitáveis.

No entanto, este congresso trouxe uma nova brisa que trará consigo novas políticas. Reconquistada a confiança dos mercados externos, Portugal necessita de se lançar  em novos desafios que, na opinião do recém-eleito Vice-Presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, passarão necessáriamente pela produção de ideias, pela inspiração e pelo desenho de uma agenda de crescimento e criação de emprego. E eu acrescentava também uma maior abertura à sociedade civil, no âmbito da actual Reforma da Administração Local, política que, de acordo com os ecos da última reunião do grupo parlamentar do PSD com a ANAFRE já está a produzir resultados concretos. O PSD não irá certamente esquecer a sua génese: é um partido do povo que governa para o povo. E com certeza, estas novas brisas trarão consigo uma maior flexiblidade nos critérios de aplicação da lei da Reforma da Administração Local, dando mais voz às Assembleias Municipais e de Freguesia no que toca aos critérios de agregação de freguesias. É isto que todos desejamos e é esta a resposta àqueles que preferem a manifestação estéril ao invés de contribuirem com propostas e medidas concretas.
* a publicar no JORNAL DA MEALHADA online.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Jornalismo: da alcova à sarjeta

Há dias lia um artigo no "Público" que versava sobre a sobrevivência do jornalismo em suporte de papel, por contraponto com o suporte digital, muito mais apelativo e actual.
E como adepto fervoroso das novas tecnologias, abdiquei quase totalmente do suporte de papel e rendi-me ao maravilhoso mundo das aplicações tecnológicas.
A razão da escolha parece-me evidente por várias razões, entre elas a ecológica e a da actualidade. Quem é que quer ler hoje as notícias de ontem?
A nível local também se coloca essa problemática. E se há aqueles que se adaptam à nova realidade, afirmando-se em novos formatos, outros há que insistem na cristalização.
E como sobrevivem economicamente? Bem, não sendo lucrativos e até falseando de forma grosseira as "vendas" através da distribuição massiva e gratuita pelos estabelecimentos e instituições do concelho e concelhos vizinhos, insistem na defesa de interesses obscuros ora através do jornalismo de alcova, ora através do jornalismo de sarjeta.
A minha questão final é: sabendo todos nós que os jornais locais, mesmo com publicidade e assinaturas, são economicamente inviáveis, em nome de que interesses é que se mantêm vivos?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Este País não é para piegas!

Hoje, confesso aqui a minha irritação contra grande parte dos portugueses. E manifesto aqui o meu mau humor, a minha irascibilidade porque me custa ouvir o vociferar daqueles que, de forma gratuita, criticam as medidas de austeridade que, nenhum de nós deseja, mas são inevitáveis.
E porque me irritam esses críticos? Porque conheço alguns. E sei que nunca na vida calejaram as mãos, nunca na vida conheceram a dureza do trabalho. Pelo contrário, conheci-os como especialistas da caça ao subsídio pessoal e ao subsídio às instituições que lideraram. E eram esses mesmos subsídios que lhes permitiam não só manter as suas colectividades, mas também manter o agregadozinho familiar que, por sua vez, também era avesso ao trabalho.

Por isso, e desculpem-me a franqueza. Abram os olhos para esta nova realidade. O Estado que vos engordou, faliu. E, doravante, este País não é para piegas ou queixinhas das agruras da vida. E se estiverem mal, olhem, emigrem para a Alemanha.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Reaccionário, eu?


Na passada semana fui brindado com o habitual léxico comunista pelo articulista, comunista e sindicalista João Louceiro, que me apelidou de “reaccionário”. Ora hoje, gostava apenas de estender a minha “reaccionarice” às comissões de utentes dos transportes públicos e aos sindicatos que mais não são que extensões dos partidos minoritários da esquerda no Parlamento.
E recordava as palavras muito sábias proferidas pelo Secretário de Estado dos Transportes: o esforço dum ano de contenção e de diminuição do déficit crónico dos transportes públicos portugueses é esmagado por um dia de greve organizada por essas “quadrilhas de malfeitores” (a expressão é minha) que, enquanto o Governo tenta manter o País à tona, insistem em afogar as nossas esperanças de sobrevivência.