quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O papel dos Bombeiros no concelho da Mealhada


O concelho da Mealhada, pela sua tipologia, configuração, acessibilidades e mancha florestal, na qual incluímos o património único da Mata do Bussaco, necessita dum corpo de Bombeiros com capacidade humana e material para acorrer, em caso de necessidade, às várias emergências que se vão sucedendo.
Em matéria de Proteccção Civil, o Município também tem responsabilidades próprias na área local, cabendo depois à Administração Central a responsabilidade pela segurança dos cidadãos.
A recente confirmação de que o Município da Mealhada não pretende renovar o protocolo celebrado com a Administração Central que permite a existência de duas Equipas de Intervenção Permanente - uma na Mealhada e outra na Pampilhosa - é um sério revês na manutenção da segurança das pessoas e bens na área de intervenção desses bombeiros.

Quero, no entanto, crer que as justificações dadas pelo Executivo camarário carecem de qualquer sentido ou razoabilidade. A existência de constrangimentos económicos não pode NUNCA ser invocado quando em causa está a segurança dos munícipes. A Câmara da Mealhada não pode, por um lado, afirmar que vive uma situação económica invejável e depois invocar as dificuldades económicas para poupar na segurança dos cidadãos. E que tal se alterássemos as prioridades? Será mais relevante gastarmos centenas de milhares de euros em equipamentos desportivos ou reservarmos 50 mil euros para que a segurança de pessoas e bens possa ser assegurada convenientemente?

Para além da Segurança, estão igualmente em causa 10 postos de trabalho que deixarão de poder ser assegurados por corporações de bombeiros, essas sim, em graves dificuldades financeiras.

Mas queria também aqui deixar um alerta que coloca em causa as justificações apresentadas para a não manutenção do Protocolo com a Administração Central após 30 de Junho de 2012. Em Abril a Câmara Municipal da Mealhada integrará no Orçamento de 2012 o saldo de gerência de 2011, o qual se contabilizará certamente em cerca de 1 MILHÃO DE UROS ou mais. Causará algum constrangimento financeiro à Câmara da Mealhada dispender 50 mil euros a par com a Autoridade Nacional de Protecção Civil e, assim, preservar a SEGURANÇA DE TODOS NÓS?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Dilema da Extinção dos Feriados

Provavelmente, para a esquerda portuguesa, vou dizer uma barbaridade e serei apelidado de "fascista, defensor do grande capital, dos latifundiários e dos opressores do proletariado e da classe operária", mas pronto, aqui vai...
Portugal tem 4 datas marcantes, às quais se conferiu atribuir o "galardão" de feriado nacional: 25 de Abril, 10 de Junho, 5 de Outubro e 1 de Dezembro.
E, se o 10 de Junho - Dia de Portugal, das Comunidades e de Camões - é e deve manter-se intocável, as restantes datas terão merecido uma ponderação sobre a sua importância na recente extinção de feriados em nome da produtividade nacional.
Ora, e foi nessa ponderação, que imagino tenha havido para não pensarmos que houve extinções arbitrárias, que, na minha opinião, os decisores erraram.
Deixando aqui bem claro que o 25 de Abril foi fundamental para a conquista da liberdade dos portugueses que viviam sob o jugo da ditadura, parece-me que, em termos simbólicos, a conquista da Independência ao invasor e opressor estrangeiro e a implantação dum regime político onde os governantes não estavam dependentes da consanguinidade, as datas do 1 de Dezembro e do 5 de Outubro serão, certamente, mais representativos da nossa identidade que propriamente o 25 de Abril.
Por mim, continuarei certamente a comemorar o 1 de Dezembro, porque, sobretudo, prezo muito a independência do meu PORTUGAL.