terça-feira, 26 de abril de 2011

O 25 de Abril na rua.


Ontem comemorou-se, nos Paços do Concelho na Mealhada, o 37º aniversário do 25 de Abril. Como usual, costumo chegar mais cedo para ver os preparativos da cerimónia formal. E, lamentavelmente, constatei que 10 minutos antes de começarem as cerimónias, apenas estavam presentes o Presidente da Câmara, o Presidente da Assembleia Municipal e uma funcionária do Município.
Com uma pontualidade britânica, pelas 10 da manhã iniciaram-se as cerimónias e, mais uma vez, constatei que entre os assistentes estariam apenas cerca de 20 pessoas.

E com esta observação chegamos à questão fundamental: será que as comemorações duma data histórica para a nossa liberdade têm que ser resumidas ao formalismo duma sessão solene? 
A resposta devia ser um rotundo não. Mas a realidade não tem ido além disto mesmo. O próprio Parlamento "dissolvido" resolveu passar ao lado da data. Felizmente que o Presidente da República, numa iniciativa inédita, tomou em mão as comemorações, abrindo as portas do Palácio de Belém e convidando os 3 ex-Presidentes da República que lhe antecederam.

Mas regressando às comemorações caseiras, impõe-se dizer que caso nada façamos, o 25 de Abril passará a ser lembrado como uma efeméride sem significado onde o aspecto mais relevante será o facto de ser um dia feriado.
Pela minha parte, tentei dar nova vitalidade às comemorações, permitindo que o discurso alusivo ao PSD fosse proferido por uma jovem - MARILISA DUARTE - que em vez de evocar o passado, soube, e de forma eloquente, clamar por um futuro melhor sustentado nos principios e nas conquistas do 25 de Abril.  

Sem comentários:

Enviar um comentário