quarta-feira, 30 de março de 2011

A independência das Associações


No passado Sábado realizou-se um debate onde foi discutido o tema do associativismo e das políticas autárquicas de apoio ao associativismo.
Em destaque estiveram duas formas diametralmente opostas de apoio à actividade associativa: uma centralizadora e outra descentralizadora.
O modelo local foi-nos apresentado por um dirigente associativo. E neste o Município exerce uma posição de centralismo e dum certo controlo sobre a actividade das associações. As associações vivem e sobrevivem numa lógica de subsídio, desenvolvem poucas actividades de modo próprio, sendo a maioria delas organizadas sob a tutela do Municipio subsidiante.

O outro modelo, que me parece muito mais interessante, foi-nos apresentado pelo ex-Vereador da Feira, Amadeu Albergaria, e retrata uma realidade diferente e, na minha opinião, muito mais atractiva. Através dum exemplo de sucesso - Feira Medieval em Terras de Santa Maria - o ex-autarca e actual deputado, contou como fizeram a formação às associações, como lhes deram a mão e, após a emancipação, permitiram que as mesmas deixassem de se regular numa perspectiva subsidio-dependente para se tornarem autónomas.
Em S. João da Madeira, o mesmo exemplo foi dado pelo também ex-autarca Paulo Cavaleiro. Na área do desporto, as associações do concelho souberam crescer e ganhar autonomia, tendo o Município um papel cada vez mais residual, permitindo inclusive a co-gestão dos espaços desportivos municipais, com claro benefício para as associações e para a população em geral.

Sem dúvida, princípios e actuações a reter e a transportar para a nossa realidade.

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